
A História de João e Maria com personagens para imprimir ao final da história é um recurso encantador para trabalhar leitura, reconto e imaginação com as crianças da Educação Infantil.
Essa clássica narrativa dos irmãos perdidos na floresta é perfeita para desenvolver linguagem oral, atenção e valores como coragem, cooperação e esperteza — tudo de forma lúdica e envolvente.
ADQUIRA O PLANO SEMANAL + SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES DA HISTÓRIA JOÃO E MARIA (SEQUÊNCIA DIDÁTICA JOÃO E MARIA)
(Versão completa e fiel ao conto dos irmãos Grimm, adaptada com linguagem infantil e expressiva para contação)
Era uma vez, há muito, muito tempo, uma pequena casa feita de madeira no meio da floresta.
Nessa casa vivia um lenhador pobre com seus dois filhos: João, um menino esperto e curioso, e Maria, uma menina doce e gentil. A madrasta deles, porém, era uma mulher fria e malvada, que vivia reclamando da falta de comida.
Certa noite, com o vento uivando lá fora e o estômago roncando, a mulher disse em voz baixa, mas dura como pedra:
— “Homem, não temos mais pão! Amanhã, leve essas crianças para o meio da floresta e as deixe lá. Assim, sobrará comida para nós.”
O lenhador ficou horrorizado.
— “Não posso fazer isso! São meus filhos!” — disse ele com o coração apertado.
Mas a mulher insistiu tanto, chorando e gritando, que o pobre homem acabou cedendo, tomado pela tristeza.
João, que era muito esperto, ouviu tudo escondido. Assim que a casa ficou em silêncio, ele saiu devagarinho, abriu a porta e foi até o jardim. Lá fora, o luar brilhava como prata sobre as pedras.
Ele encheu os bolsos com pedrinhas brancas e voltou para a cama, dizendo baixinho a Maria:
— “Não se preocupe, maninha. Eu sei o caminho de volta.”
Na manhã seguinte, a madrasta acordou as crianças bem cedo.
— “Levantem-se, preguiçosos! Vamos à floresta pegar lenha!” — disse ela com uma voz fria.
Eles caminharam, caminharam… e enquanto andavam, João deixava cair, disfarçadamente, as pedrinhas brancas pelo caminho.
Depois de muito andar, o pai acendeu uma fogueira e disse, com os olhos marejados:
— “Descansem aqui um pouco, meus filhos. Vou buscar mais lenha e já volto.”
Mas o pobre homem não voltou. A madrasta o fez ir embora e deixar as crianças sozinhas.
Quando a noite caiu e a lua apareceu, Maria começou a chorar:
— “João, estamos perdidos!”
— “Não, Maria. Espere a lua subir bem alto e vai ver: as pedrinhas vão brilhar e mostrar o caminho de casa!”
E assim foi! As pedrinhas brancas cintilavam como estrelinhas no chão, guiando-os de volta até a porta de casa.
O pai ficou radiante ao vê-los, mas a madrasta ficou furiosa.
— “Essas crianças têm o diabo no corpo! Vamos levá-las ainda mais longe amanhã!”
Dessa vez, João tentou pegar mais pedrinhas, mas a porta estava trancada.
Pela manhã, a madrasta lhes deu um pedacinho de pão e disse:
— “Comam no caminho, e não reclamem!”
João teve uma ideia: enquanto andavam pela floresta, ele ia deixando migalhas de pão pelo chão.
Mas… oh, pobre João!
Quando a noite caiu e tentaram seguir as migalhas, elas haviam sumido!
Os passarinhos da floresta haviam comido tudo!
Maria tremia de medo.
— “João, o que vamos fazer agora?”
— “Não tenha medo, Maria. Vamos procurar um lugar pra dormir. Amanhã, o sol vai nos ajudar.”
Eles andaram até amanhecer. Quando o sol brilhou, avistaram uma coisa mágica ao longe…
Uma casinha feita de doces, bolos e chocolate!
O telhado era de açúcar, as janelas de bala e as paredes de pão de mel.
Maria arregalou os olhos:
— “Que delícia, João! Podemos comer um pedacinho?”
João riu:
— “Claro! Um pedacinho do telhado pra mim e uma janela de bala pra você!”
Eles começaram a comer, felizes, até que uma voz fina e arrastada soou de dentro da casa:
— “Quem está mordendo o meu telhado?”
Assustados, João e Maria pararam na hora. Mas a porta se abriu e uma velhinha curvada, com um lenço colorido na cabeça, apareceu sorrindo.
— “Não tenham medo, meus docinhos! Entrem, entrem! Aqui dentro tem bolo, leite e cama macia!”
Mas a velha era, na verdade, uma bruxa terrível que morava na casa de doces e usava aquela armadilha para atrair crianças.
Assim que eles entraram, ela trancou João em uma gaiola e forçou Maria a fazer comida:
— “Engorde o seu irmão, menina! Quero comê-lo bem gordinho!”
Maria chorava todos os dias, e João tentava acalmá-la:
— “Não chore, maninha. Eu vou pensar em algo!”
Toda manhã, a bruxa pedia que João mostrasse um dedo pela grade para ver se ele estava engordando. Mas ele, esperto, mostrava um ossinho de galinha que havia encontrado.
Como a bruxa era quase cega, achava que ele ainda estava magro.
Depois de muitos dias, a bruxa perdeu a paciência:
— “Chega! Magro ou gordo, vou comê-lo hoje!”
Ela mandou Maria acender o forno.
Maria fingiu não saber como fazer e perguntou:
— “Como é que eu vejo se está quente o bastante, vovozinha?”
A bruxa se inclinou para olhar dentro do forno e… Maria empurrou com toda a força!
A bruxa caiu lá dentro e desapareceu em uma nuvem de fumaça!
Maria correu até a gaiola, libertou João, e os dois se abraçaram rindo e chorando de alegria.
— “Estamos livres, João! Livres!”
Eles encontraram dentro da casa caixas cheias de ouro, pedras preciosas e pérolas.
João disse:
— “Maria, vamos levar isso pra casa. Nosso pai nunca mais vai passar fome.”
Os dois seguiram o caminho de volta. Passaram por rios, florestas e montanhas até, finalmente, verem a velha cabana ao longe.
O pai correu ao encontro deles com lágrimas nos olhos:
— “Meus filhos! Vocês voltaram!”
A madrasta havia morrido, e o lenhador os abraçou com todo o amor do mundo.
João mostrou os tesouros e disse:
— “Agora, papai, seremos felizes e nunca mais passaremos fome.”
E assim foi.
Eles viveram juntos, felizes e em paz — e a floresta, que antes parecia assustadora, virou apenas uma lembrança de coragem e esperteza.
✨ Fim.
Perguntas de Compreensão e Interpretação sobre a história de João e Maria
(para roda de conversa após a história)
🏡 Sobre o início da história
- Onde moravam João e Maria?
- Quem vivia com eles?
- Por que a madrasta queria levá-los para a floresta?
- O que João fez para conseguir voltar para casa da primeira vez?
Sobre a floresta e o caminho
- Como João e Maria se sentiram quando ficaram sozinhos na floresta?
- Que ideia João teve quando não pôde pegar as pedrinhas novamente?
- O que aconteceu com as migalhas de pão?
Sobre a casa de doces
- O que João e Maria encontraram no meio da floresta?
- Que partes da casinha eram feitas de doce?
- Se você encontrasse uma casa de doces, o que faria?
Sobre a bruxa
- Como a bruxa tratou João e Maria quando eles entraram na casa?
- Por que a bruxa queria engordar João?
- O que Maria fez para enganar a bruxa?
- Como eles conseguiram escapar?
Sobre o final da história
- O que João e Maria encontraram dentro da casa da bruxa?
- O que aconteceu quando voltaram para casa?
- Como você acha que o pai deles se sentiu ao revê-los?
Perguntas para Reflexão e Expressão Oral
(estimulam fala, imaginação e valores)
- Você acha que João e Maria foram corajosos? Por quê?
- Qual parte da história você mais gostou?
- O que você faria se estivesse no lugar deles?
- O que aprendemos com essa história?
- O que você diria para a bruxa se pudesse conversar com ela?
- Como podemos ajudar pessoas que estão com fome ou tristes, como o lenhador e seus filhos estavam?
Perguntas Criativas e de Imaginação
(para aquecer atividades posteriores de desenho, dramatização ou escrita)
- Se você pudesse mudar o final da história, como ele seria?
- Que outro doce você colocaria na casinha da bruxa?
- Como você imagina o final feliz de João e Maria depois de reencontrar o pai?
- Você gostaria de viver uma aventura como essa? Onde seria?
- Se a história se passasse hoje, o que mudaria? (Celulares? Carros? Cidade?)



















